Em um mundo ocupado e barulhento demais é raro termos tempo para não pensar em nada. E olha que nada também é alguma coisa. Certa vez, sobre o nada, ouvi falarem: "Eu encontrei tudo no nada" (José Moscatti) e "O nada é tudo" (O Segredo). Considerações estas que só entenderão aqueles que se colocarem, ou que já estão, em um caminho mais profundo da vida e que já perceberam que a superficialidade das coisas nos sobrecarrega demais ao longo dessa mesma vida.
O silêncio mental, junto com o do coração, é um dos mais nobres que há. Nós ainda não temos plena consciência do valor desse 'ato', mas já se observa na vida de pessoas que optam por fazer um caminho voltado mais para suas vias interiores que o silêncio é um bom amigo do tempo. Falo aqui do tempo porque ele é um bom remédio, e junto com o silêncio seus efeitos são melhores ainda.
As filosofias orientais que o digam, pois suas raízes milenares estão voltadas para esse mundo interior onde a busca e a prática do silêncio são a cereja do bolo da vida espiritual.
Mas, como podemos começar a educar nossa mente para silenciar mais? Bem sabemos que silêncio não é algo só externo. Muitas pessoas que parecem 'quietinhas' por fora podem ser as mais barulhentas mentalmente, travando eternos diálogos ou monólogos consigo mesmas.
Podemos começar mandando embora os ruídos mentais que chegam de nossa mente viciada em julgar, em ser negativa, em invadir almas/vidas alheias, fazendo com elas o que o mundo mental permite - pois ele não tem limites -, desrespeitando fronteiras espirituais que merecem ser respeitadas. Estes ruídos chegam a 'chagar' a nossa mente, a tornando doente, escrava de estereótipos do tipo 'todo mundo faz, todo mundo ouve, todo mundo está vendo e ouvindo'.
Quando começamos a prestar atenção aos pensamentos que 'nos vem', podemos escolher mandá-los embora ou não, e assim, trocar a nossa 'frequência' mental, assim como fazemos com estações de rádio. Quando não gostamos de uma determinada estação, vamos para outra, até encontrar uma que nos agrade. Simples assim!
Sim, pensar é um dos mais nobres atos, por isso deveria ser feito com plena consciência, com ou sem entendimento dos fatos, pois pensar pressupõe amar, tanto aquilo que eu conheço como aquilo que eu não conheço. E só quem opta por silenciar diante do desconhecido entenderá isso.
Um abraço no coração de cada um que por aqui passar ;)
